5 de agosto de 2015

Pulseiras de segurança nos recém-nascidos

Olá....



Este assunto já à muito queria falar, e agora com a notícia de uma mãe que passado 2 horas de ter dado à luz, saiu do hospital com o bebé escondido dentro de um saco e ninguém levantou qualquer suspeita nem mostrou identificação para tal saída.
Afinal existe assim tanta segurança?
Não me refiro a este hospital em concreto mas no geral acham que a segurança quer dos bebés quer das parturientes estão a salvo?
Conto-vos a minha experiência a quando de ter a minha filha no Hospital de Pedro Hispano em Matosinhos, em 2011.
Mal nasceu foi-lhe colocada a pulseira no pulso dela com a identificação. 
Na primeira muda de fralda que lhe fiz verifiquei que tinha então o dispositivo de segurança no tornozelo, conforme me tinham dado a conhecer e que se alguém passa-se com a bebé na porta ao fundo do corredor o alarme tocava. Até aqui tudo bem. Tranquila. Na manhã seguinte na muda da fralda e ao mudar de roupinha, qual o meu espanto que fico com o alarme na minha mão..... Tornei-o a colocar no tornozelo dela. Ora, será normal sair assim sem mais nem menos? A minha filha era um bebé com 52cm e o dispositivo não abriu, simplesmente passou do tornozelo para o pé e assim saiu...porquê? Nem imagino nos bebés bem mais pequeninos. Estranhei aquilo e fiquei bem alerta. Ora, se aquilo saía assim, qualquer um me podia levar a bebé, nunca mais descansei nem dormi os 3 dias que lá fiquei. 
Durante a noite ela só chorava, pois estava com fome e eu ainda não tinha leite, como era a única do piso a chorar e não deixava ninguém dormir, a certo momento vem uma auxiliar de enfermagem pega na bebé educadamente e vai com ela passear para o corredor para ver se a acalma. Óbvio que eu fui atrás dela, levantei-me imediatamente da cama. Quando ela me vê a ir atrás dela diz:
"Ó Mãe não se preocupe que eu não fujo com ela!"
Respondo eu 
"Não a conheço, não sei se faria isso!"
Naquele momento fiquei com receio admito, afinal de contas o alarme saia do tornozelo logo passaria com ela sem soar o alarme.
De manhã, todas as mães, antes de darem banho aos filhotes iam tomar banho, aqui começa o meu medo.....já para não falar quando também ía ao wc. Tomar banho....e agora? Éramos 4 mamãs na enfermaria todas foram tomar banho e eu fiquei para último, também porque só havia um chuveiro. A minha sorte é que a mamã em frente a mim era uma antiga vizinha minha e pude ir mais sossegada tomar banho enquanto ela tomava conta da minha filha. E eu tomava conta da filha dela quando ela precisava. Mesmo assim, o banho era a correr. Acham normal? Seria possível em algum momento ser eu a única numa enfermaria? Das 4 que estávamos quando dei entrada, ficamos duas. Possivelmente nunca colocam uma única mamã ali, penso eu. Foram 3 dias ali com um medo imenso que se eu adormece-se quando acorda-se a minha filha ali não estava. Podem, achar o que quiserem mas senti mesmo receio disso. A única vez que saí da enfermaria sem ela foi quando me examinaram para dar a alta. Devido a um pequeno problema e para não restarem dúvidas a minha filha foi fazer um raio-x. Foi dentro uma incubadora e mal passou a porta o alarme soou. Neste ponto ele realmente funciona, mas se saia do pézinho então qual era a segurança que nos dava?
Nem tomar banho, ir ao wc, dormir descansada eu podia. Certamente, podia mas não conseguia tendo sempre medo que algo acontecesse. Passei 3 dias ali sem dormir. Não foi fácil....mas o medo venceu-me. 
Agora, com isto tudo era para eu estar descansada? Há mesmo segurança? Sem falar que se a única enfermeira existente durante a noite estivesse a dar auxílio a uma outra mãe, era fácil sair daquele piso sem ninguém ver, pois não tinha ninguém na porta. Não dei conta de câmaras de vigilância nesse corredor do piso de internamento. Podiam lá estar mas não vi.....
A dada altura pensei mesmo em falar, ou até mesmo fazer queixa sobre tal segurança e modo como deixamos ali o nosso filho/filha para irmos ao wc ou seja onde formos. Não acho correcto, pois vivemos num mundo em que o rapto de crianças acontece mesmo, não é ficção! 

Qual foi a vossa experiência? 
O vosso bebé teve pulseira de segurança? 
Esta saía facilmente? 
Sentiram medo de que alguém levasse o vosso baby?
Como faziam a vossa rotina? Deixavam o bebé com quem?


No momento da alta, quer eu quer a minha filha tínhamos um papel com a autorização/alta. Passamos por um segurança ao fundo do corredor, onde verificava os papéis e o meu cartão de cidadão e certidão de nascimento da filha. Mas este só lá estava até dada hora da tarde.E antes disso verificaram se tínhamos babycoque ou o ovinho e se o sabíamos colocar no automóvel. 
Certamente, as pulseiras foram revistas e desde de 2011 até à data estão mais seguras. Na altura que lá estive não senti isso. Foi assim uma das únicas coisas que realmente tenho a apontar ao serviço deles, excepto o que me davam para almoçar ou jantar ahhaha detestei o que comi lá, nem a gelatina se aproveitou. 
Será mesmo que o nosso sistema nacional de saúde está preparado para tais situações como rapto de bebés? Ou até mesmo entrarem e fazerem algo de mal a outras pessoas ou assim.
Durante este tempo que os jornais andaram a falar sobre a mãe que saiu do hospital de faro sem ninguém se aperceber, ouvi relatos de pessoas que por exemplos policias a dizerem que é fácil entrar ou sair de hospitais...? Mesmo com bebés...asério? E que existe hospitais que nem sequer colocam as pulseiras de segurança e que nunca foram revistas? 
Mas afinal, pagamos os nossos impostos para isto? 
Portugal no seu pior, mesmo!
Espero que no meu próximo filho/filha a segurança esteja bem mais presente e que esteja a funcionar na realidade, porque se não quem compra um método de alarme sou eu e levo-o comigo mal lá esteja no hospital!

Desculpem, se me alonguei no texto....afinal temos de nos sentir em segurança e proteger os nossos!

Beijinhos e até já....







   fotos retiradas da Internet

2 comentários:

  1. a minha filha tinha pulseira mas tambem saia �� talvez nao estivesse bem apertada... por outro lado sera para nao magoar os bebes.

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  2. Pois por aí eu entendo, mas então e a segurança deles e nossa? Fica muito a desejar....a mim preocupa-me imenso esta questão!
    :-)

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